Cada macaco no seu galho e todo mundo na floresta. O setor cultural ainda não se estruturou para caminhar seguro rumo ao desenvolvimento. O Ministério foi criado em 1986, há 24 anos. No ano que vem, bodas de prata. De lá para cá, as leis de incentivo federais Rouanet e Audiovisual são vedetes.

Falta ainda definir:
1. Quais expressões culturais devem ser desenvolvidas.
2. Quem deve ter mais ou menos renúncia fiscal? Artista, platéia, produtor cultural, organização sem fins lucrativos, quem?
3. Onde está o Governo Federal para aumentar os números de bibliotecas, melhorar seus acervos, treinar os profissionais da área?
4. O novo modelo atual de administração dos museus científicos, função, hoje, ligada aos ministérios afins, é fraco.

Cabe ao Governo Federal:
1. Estruturar os estados e municípios com verbas e contratos de desempenho.
2. Aumentar os recursos para a construção e manutenção de conservatórios e escolas de dança.
3. Parar de financiar diretamente atividades que os estados possam realizar com maior acuidade. Por exemplo: o o financiamento do Programa Nacional de Ópera.
O financiamento ao bom maestro John Neshling. Por que só para ele? Há outros competentes produtores.

Cabe aos Estados:
1. Dedicarem-se à formação de professores das expressões como música, dança e teatro.
2. Criar programa de ensino dessas expressões em cada escola pública.
3. Construir bibliotecas, arenas, centros e auditórios para a difusão das expressões afins.
4. Programar a distribuição de ingressos para a platéia de cinema em todos os municípios com salas de exibição.
Deixar os municípios para uma próxima oportunidade.

Ronaldo Bianchi

A partir de hoje, não sou mais Secretário Adjunto de Estado da Secretaria da Cultura do nosso Estado.

Foram três anos e meio repletos de realizações nas áreas de formação, difusão, fomento, museus e patrimônio histórico na gestão desta entidade do governo Serra/ Goldman. Sigo como Vice-Presidente da TV Cultura.

Agradeço a todos que acompanharam essa história. Gostaria também que todos soubessem de meu agradecimento especial a algumas pessoas que foram o meu esteio profissional desde a época da faculdade. Ofereceram-me recursos materiais, espirituais e emocionais. Por ordem cronológica, são eles: Prof. Fernando Carmona, Prof. Antonio Angarita, Prof. Dalmo do Valle Nogueira Filho, Prof. Neide Hahn, Profª. Vânia Santana, Prof. Pedro Celidônio Gomes dos Reis, Prof. Sérgio Miceli, Fábio Magalhães (pela confiança incondicional), Milu Villela (minha inspiração diária), Ana Maria Pereira (Sant’Ana), Alfredo Setúbal (por sua generosidade), Michel Etlin (pela amizade fraterna), Tadeu Chiarelli, Vera Diniz, Claudio Galeazzi (meu orientador), Leonardo Horta, Claudia Toni, João Sayad, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira, Humberto Rodrigues, Francisco Luna, Renato Barnabé, Mansueto Lunardi, Valéria Rossi e Claudia Toni.

A todos, muito obrigado.

Ronaldo Bianchi