O processo de comunicação deveria atingir as pessoas com a finalidade de melhorar sua qualidade de vida. O nome seria comunicação social. E quais as áreas que a comunicação social deveria atingir, aprofundar e persistir até ocorrer o entendimento?

Acredito que alguns temas devam ser explorados. A seguir, mencionarei alguns deles, sem procurar esgotar a discussão, dividindo-os em grades temas e áreas de interesse:

1. Pessoal e Familiar: saúde, educação, habitação, transporte e vida familiar.

2. Direito e Cidadania

3. Funções do Estado

4. Deveres da Comunidade

5. Economia e Emprego

6. Meio Ambiente

7. Energia e Saneamento

Dado os temas, quais os meios de comunicação adequados para que informação seja levada às pessoas?

A resposta é complexa e simples: todos os meios. Tantos quanto existirem e de tantas formas necessárias para que as pessoas consigam compreender o que acontece com elas, com os outros à sua volta e com todos.

A cultura brasileira responde muito bem aos estímulos audiovisuais. A transmissão oral é significativa em nosso processo de aprendizado, reprodução de costumes e comportamento. Creio que seja importante o papel do Estado no processo de comunicação social e acredito que os governos deveriam investir muito mais do que investem por meios próprios. Sim, canais estatais e subsídios para canais não governamentais de comunicação, abrindo espaço dentro de concessões públicas comerciais para que a população seja alcançada nesse processo de informação e de esclarecimento.

Como podemos arquitetar esse processo? Da mesma forma que a teia de comunicação ligada ao mercado, porém sem a necessidade de ingerência de:

a) Publicidade

b) Nivelamento da audiência

c) Amarrações comerciais

Quando o governo precisa anunciar uma campanha informativa, paga tabela cheia por ela. Obriga-se a repassá-la via agências de publicidade. Será que campanhas de vacinação ou de saúde pública, como a campanha contra a dengue, precisam passar por esse crivo? O governo precisa pagar o preço total para uma informação ser veiculada? Não caberia aos veículos de comunicação cobrar o custo dessa publicação. As formas cativas de dependência, quando o cliente é obrigado a pagar pelo serviço a ser prestado, deveriam ser revistas no caso da informação social. De preferência, por lei, assim não haveria dúvida sobre as relações entre o governo, as agências e a mídia.

No próximo artigo, abordaremos alguns itens na área de interesse da comunicação social e suas plataformas de difusão dessas informações.

Ronaldo Bianchi