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Todas as empresas e organizações têm um processo de governança. Podem ser informais ou formais.

As informais destacam-se pela discricionariedade dos gestores de plantão, não obedecendo qualquer rito sistêmico. Onde não há uma revelação dos critérios sobre os limites das relações, funcionalidade de sistemas de punição e recompensa. Caracteriza-se pela insegurança. Não há garantida das condições de reprodução orgânica de métodos e procedimentos. É um modelo de baixa credibilidade pelo qual o que vale é a vontade e conceito de crenças do dirigente, proprietário e do chefe destacado. Os colaboradores, fornecedores e outros envolvidos creem que podem “montam” um repertório informal sobre as possíveis variáveis de resultados a partir de experiências. A função é sobreviver dentro de um cipoal das vontades irrelevantes inserido em situações relevantes. Se funcionará bem ou não só o tempo e sorte dirão.

O processo de governança estruturado ocorre normalmente quando:

1) onde as direções estão profissionalizadas;

2) as organizações são obrigadas por contrato social e estatutos  a possuir conselhos e comitês;

3) as que desejam se apresentar uma imagem de transparência para sua rede de influência, negócios, colaboradores e sociedade,

4) aquelas que acreditam que é melhor alternativa é adotar um modelo para sua sustentabilidade.

O que é a governança e como se revelam? A Governança é uma composição ordenado por princípios, métodos e processos transformados em atitude. Revelada por uma exposição estruturada de suas atitudes para um público pré determinado.

Para que serve o sistema formal de Governança? Criar um ambiente de sustentabilidade organizacional. Servirá pelo menos para:  Dar ordenamento de procedimentos, linha de conduta para dirigentes e colaboradores. Criar radares de acompanhamento sobre o clima organizacional. Tratar da imagem corporativa. Implantar planos de contingência. Incentivar o mérito como padrão de comportamento. Propor instâncias de renovação e inovação. Impedir sistemas irregulares que possa colocar a organização em perigo. Tratar das assimetrias sistêmicas.

O sistema só funcionará quando a direção geral admitir o modelo e “bancar” de fato e que não seja um faz de conta como vimos nos escândalos nacionais e internacionais. Odebrecht e Eron, exemplos de governança fazem de conta.

Quais os elementos chaves para a Governança funcionar? Estar descrito quais são os órgãos de decisões que atuarão para que seja exercida a Governança. Suas atribuições e limites.  Estabelecidos regulamentos e procedimentos básicos de conduta dos dirigentes e colaboradores. Dar funcionalidade aos órgãos e comitês determinados para dirimir questões, decidir matérias de investimento, revisão de custos, planos de contingência.  Definir critérios para aquisição e venda de ativos. Estabelecer indicadores de desempenho para cada setor da organização e metas a serem alcançadas. Estabelecer parâmetros de tolerância a erros e premiações sobre os acertos. Monitorar o mercado, determinar formas de comportamento com concorrentes, fornecedores, clientes e autoridades constituídas. Estabelecer, fazer e controlar atos onde a missão, visão e valores da organização se façam efetivos.

 

Ronaldo Bianchi

A atividade de Compliance surgiu para disciplinar a conduta do setor financeiro na esfera mundial. O primeiro registo de sua criação é de 1930 no encontro da Conferência de Haia. Nesta oportunidade criou-se um padrão de comportamento que regulava as relações bancárias internacionais. ( Artigo Administradores )

A complexidade das organizações e de certa forma a globalização foi impondo ao ambiente de negócios um processo crescente de uniformização e disciplina. O que um dia foi um acordo internacional passou a ser uma necessidade para grandes organizações privadas e governamentais.

O conjunto de normas que regem a conduta entre as organizações e de seus participantes é um processo civilizatório. Coloca um ordenamento para reconhecer o que fazer ou evitar desvios de conduta; fraude; assédios; riscos estruturais e funcionais.

O primeiro passo da introdução de um sistema de Compliance exigi um mapeamento dos processos, a averiguação se estes se enquadram nas condições legais e éticas do local onde se aplica e na visão global das implicações que possam reverberar.

O segundo passo é escrever o modelo aplicável. Instruir de informações e metodologia aplicável. Deve prever formas de correções, revisões, condutas e período revisional na peculiaridade da atividade.

A terceira fase é determinar os pontos de impacto na organização. O que será implantado.

A quarta fase é acercar-se que a sua construção não impeça a mobilidade para a inovação. A Governança empresa seja atendida. Os grupos envolvidos tenham plena consciência do que será aprovado. É fundamental que em suas etapas de verificação haja espaços para as vozes do controverso. Sessões de pré determinadas para verificação dos processos. Neste sentido é importante a criação de comitês de compliance, onde as condutas sejam verificadas e as decisões não sejam unilaterais. O consenso deve prevalecer.

A quinta fase é aprovar o instrumento no modelo de governança adotado pela organização para aprovações de amplitude geral. Onde seja determinado o modelo de acompanhamento e execução do instrumento ou procedimentos determinados. Quem e quais serão as instâncias e membros responsáveis como guardiões do modelo.

Sexta fase aprovado modelo a implantação exigirá uma divulgação intensa e na profundidade necessária para esclarecer dúvidas e que haja um aceite dos envolvidos.

A sétima fase é a implantação. Exigirá canais de diálogos, informações constantes e apreciação de todas as demandas por intervenção e avaliação de condutas e procedimentos.

Importante só implantem quem esteja comprometido, caso contrário a organização será descredenciada tanto na esfera do público interno quanto para a sociedade. Compliance é um assunto para valer.

 

Ronaldo Bianchi