Quero falar um pouco sobre os passos curtos da nossa internet, os passos lentos que afetam nossas vidas e bloqueiam nossa capacidade de crescimento, produtividade e competitividade. Certamente dirá que isso não é uma novidade, e de fato não é, mas é preciso insistir nisso, sou otimista.

Enquanto a internet lá fora caminha a passos largos (5x mais largos), sofremos aqui para caminhar a passos curtos com a internet que temos.

A velocidade média da internet na Corea do Sul é de 26MB e nos EUA 16MB, o Brasil ocupa a 19ª posição deste ranking da “velocidade”, com uma banda larga média de 5,5MB.

O Brasil consegue hoje oferecer banda larga com “qualidade” para apenas  37 das mais de 5 mil cidades brasileiras, ou seja, mesmo considerando nossa densidade demográfica os valores são exageradamente contrastantes.
Mas agora vem a surpresa, pois mesmo com este disparate, conseguimos um alcance geográfico milagroso da internet no território nacional de 66%. Segundo o G1, o governo promete chegar a 98% até 2018. É um “pouco” pavoroso já sabermos hoje qual será a qualidade desta velocidade média para um universo de 98% (fonte G1), deixemos acontecer.

Dito tudo isso, um cenário surpreendente é desenhado, isso porque mesmo com esta dificuldade na banda larga brasileira, crescemos 16% no último ano, somos o 6º país que mais cresceu. Nosso consumo de internet no mundo é segundo maior, dedicamos de 4 a 5 horas diárias na rede mundial, não somos um case?!

fonte we are social

Nossa capacidade de fazer muito com pouco é única. É uma pena nosso país viver essa carência de líderes mais sérios e comprometidos com o nosso futuro. Se tivéssemos mais igualdade de competição, certamente daríamos muito trabalho para quem hoje caminha a passos largos na liderança do ranking da velocidade média de internet e claro de desenvolvimento.

Aleandro Stazetto

Em 2015 Nielsen IBOPE divulgou números importantes sobre o comportamento dos brasileiros e seus smartphones. Segundo esse levantamento atualizado em 2016, somos no Brasil mais de 70 milhões de usuários conectados, não pelo computador, mas pelos celulares e tablets.

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Do total de usuários:

As redes sociais, serviços de mensagens, e-mail, vídeos, notícias, música e portais são os conteúdos e ferramentas mais utilizados pelos usuários brasileiros de smartphone. Dos vinte aplicativos mais utilizados no Brasil, sete são redes sociais ou comunicadores instantâneos. Na sequência aparecem apps de bancos, e-mail, vídeos e games.

Mais uma vez os números mostram como as empresas devem ficar atentas aos movimentos tecnológicos e suas oportunidades. O futuro é hoje, portanto não há porque esperar para tomar decisões estratégicas básicas. Isso é o mínimo que grandes, pequenos e micro empresários devem fazer. Ações simples como ter um site responsivo (com navegação adequada para computadores, celulares e tablets etc), desenvolver um bom aplicativo (se necessário para o seu negócio) e trabalhar conteúdo de comunicação com relevância e alcance sistemático farão diferença. Para quem fizer a lição de casa, não haverá muitas dificuldades nas novas provas do futuro.

ALEANDRO STAZETTO