BUROCRACIAS DA CULTURA II

Estou com sete dias de atraso, problemas de tecnologia e deveria apresentar na semana passada este artigo que segue. Comento o papel do município para a cultura. Desculpe-me.

Discuti a Federação e o Estado como entes burocráticos e sua relação com a Cultura, hoje, tratarei do Município.
Quando vemos as cidades paulistas, fica evidente a supremacia da Capital no espectro cultural. Aqui localizam-se os principais museus do país na área de artes plásticas: MASP, Pinacoteca e MAC. Correm ao lado, o MAM, o MIS e o Museu da Casa Brasileira. A capital é rica em opções e virtudes.
Portanto, qual a dificuldade que temos para desenvolver a área cultural nas cidades, que não a Capital?

As dificuldades e soluções estão no (a):

1. Prefeito – elemento chave em designar recursos humanos e orçamentários para o desenvolvimento da Cultura.

2. Câmara de Vereadores – ela pode pressionar o prefeito e seus secretários de educação e cultura para uma ação mais efetiva. Tem, ainda, o poder de votar o orçamento.

3. Burocracia dos Secretários dos governos municipais, que devem desenvolver pró-atividade para ajudar a sociedade civil, e os cidadãos superarem obstáculos ao desenvolvimento cultural.

4. Sociedade Civil – desenvolvida na área cultural, seja em formação, memória, patrimônio histórico e difusão. Cabe a ela, por meio dos agentes de cultura, pressionar o prefeito, a câmara e os secretários. Além de procurar recursos nas esferas estaduais e federais.

Não é fácil alinhar a todos com o mesmo propósito. Infelizmente, é no município que inverte-se o propósito público para o conveniente. Há solução? Sim.
As autoridades agem sob pressão quando ignoram a importância das expressões culturais na formação do cidadão. Portanto, aos esclarecidos, cabe o dever de lutar incessante e incansavelmente por recursos e luz para a cultura.

Muitas vezes, esquecemos que seminários, encontros e palestras com representantes das esferas federais e estaduais e de outros municípios brasileiros, ajudam a aumentar a conscientização local, por meio de exemplos de práticas de sucesso.
Hoje, não há falta de recursos, mas de competência. Portanto, devemos agir junto aos municípios para aumentar a nossa capacitação política e técnica das autoridades e sociedade civil locais.

Ronaldo Bianchi

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