O FUTURO É PREVISÍVEL PARA AS ORGANIZAÇÕES? – V

Como tenho afirmado nos artigos anteriores, o futuro é previsível. Mas quando não é? Quando ocorrerem ou não, sucessivamente, os seguintes fatos:

1. Qualquer fenômeno natural ou incêndio que destrua fisicamente a única unidade da empresa. Nesse momento, escoam-se as esperanças de reerguê-la, perdendo-se o futuro.

2. Desapropriação: da mesma forma que os fenômenos naturais, quando a unidade for desapropriada pelo Estado. Dificilmente, há condições para desmonte e remonte da empresa. Hoje, melhor do que no passado, há uma indenização mais próxima da realidade imobiliária. Porém, quando se tratar de indústria, a peritagem oficial é despreparada para avaliar, criteriosamente, os custos do desmonte e remonte de máquinas e equipamentos. Dessa forma, a empresa deverá arcar com verbas indenizatórias menores do que as necessárias para a sua continuidade operacional. Esse fato é uma tragédia na vida das empresas e, em particular, das que possuem somente uma unidade. Acrescente-se os custos de indenização de funcionários, suspensão de entrada de recursos e de margem de lucro.

Essas duas situações representam o que há de pior, se comparadas à incompetência administrativa, desinteligência entre sócios, roubos contínuos executados por funcionários, políticas econômicas governamentais, sucessão mal organizada, obsolescência de máquinas e equipamentos, imaturidade gerencial, má escolha de investimentos, senilidade ou doença fatal do fundador, falta de coragem para dar um basta a desatinos praticados pelos sócios, a sonegação fiscal flagrada pelo fisco, e conduta criminosa dos dirigentes.

A maioria dessas outras causas da fatalidade das organizações que comprometem o seu futuro poderá ser corrigida a tempo. Como? No caso de intervenção, cabe a montagem de um conselho, profissionalização dos cargos executivos e o afastamento dos responsáveis pelos desatinos.

Há outras formas como: a venda, a associação ou o fechamento da empresa. Não há receita para a solução dos fenômenos naturais e desapropriação, porém a escolha da sede deve preceder um estudo aprofundado das condições locais quanto a:

. Disponibilidade efetiva da guarnição de bombeiros.

. Do histórico dos fenômenos naturais: vendaval, enchentes.

. Se há estudo, mesmo que futuros da instalação de algum empreendimento público (aeroporto, hospital, escola, estrada e outros).

Ronaldo Bianchi

0 replies

Leave a Reply

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *