O julgamento do desvio do erário denominado mensalão é um marco histórico. O STF condenou um deputado federal por corrupção ativa. Motivo de comemoração. Por outro lado Paulo Maluf, processado há mais tempo, ainda não foi julgado pela mesma corte.

Este fato nos leva às seguintes questões: Nunca chegou ao STF um processo de desvio do erário? Os anteriores não estavam instruídos de forma correta? Faltou a promotoria instrução correta? A Polícia Federal agiu fora da lei ou não encontrou evidências criminosas? Os juízes anteriores eram mais tolerantes ao crime e aos criminosos? Os advogados de defesa eram mais preparados? O que há de diferente neste caso?

Há condicionantes para este julgamento ser um paradigma. Quais são:

1) Crime praticado por um conjunto de atores de primeiro nível.

2) O volume de dinheiro é de grande monta.

3) A acusação tem origem no seio político. Roberto Jefferson denunciou a operação, incriminando-se. Pormenorizou as operações e os envolvidos. Ato até então inédito na política brasileira.

4) O desmonte do mais importante articulador do presidente e do PT o então ministro da casa civil José Dirceu, do líder do governo José Genuíno, e do ex-presidente da Câmara Federal João Paulo Cunha. Impacto expressivo junto aos poderes executivo e legislativo.

5) A impressa cobriu intensamente todo o desenrolar da CPI ao inquérito da Polícia Federal.

6) O relator do processo no STF é um promotor de formação.

7) A Polícia Federal atuou destemidamente reunindo conjunto de provas irrefutáveis.

8) a Promotoria Geral da República cumpriu seu papel . Alinhavou passo a passo a ordenação criminal. Apontou seletivamente acusado e seus crimes.

9) O STF dividiu o julgamento em lotes criminais. Emanando sua decisão ao final de cada exame. Prático e rápido. Inibiu argumentos protelatórios.

O julgamento do mensalão é um divisor em nosso judiciário. Até o momento corre como o previsto: a justiça se realizando. Não há marmelada e não acabando em pizza. Parece filme americano onde ao final o bem vence o mal. Reconforta-nos agora assistir um final feliz.17

Ronaldo Bianchi

A lei de falências em vigor é um ganho expressivo para os negócios no Brasil. Ela proporciona de fato a recuperação das empresas devido a diversos motivos precisam de fôlego para sua recuperação. Será por via judicial, porque não há outra forma que assegure o devedor da execução do credor. A planificação da reabilitação deve ser aprovada pela assembleia de credores. Nada mais justo. Tudo parece caminhar bem até o momento em que surge como saldar os débitos trabalhistas. Nesta oportunidade, como na lei anterior tem alegada prioridade. Como a situação da inadimplência se constitui?

1) Podemos elencar como o principal razão da sua situação: a má gestão. O desentendimento societário sendo o mais relevante, seguido da desobediência da vigilância constante das alterações do mercado, das consequências de alterações relevantes de ordem macro econômica, da defasagem do tempo entre o desequilíbrio e ações reparadoras para enfrentar condições adversas, das fraudes e roubo contínuos do estoque, patrimonial e do caixa. Falta de política de crédito, ou seja vender a qualquer um sem verificação cadastral ou impor limite a cliente.

2) Os sócios ou seu maior acionista procuram financiar o capital de giro em credores que possam obrigá-los ao pagamento a longo prazo (acima de dois anos) a médio ( acima de uma ano). Desta forma a inadimplência dos impostos é a primeira medida tomada da direção, A segunda é a demissão do excesso de efetivo ( quando existe) ou a redução extemporânea do quadro de colaboradores.

3) Consolidar a dívida bancária estendendo seu vencimento e parcelando ao limite do crédito disponível.

4) Renegociar os débitos com os principais fornecedores, quando possível.

5) Cortar custos operacionais e administrativos.

6) Acelerar recebíveis.

Mesmo após todas estas possíveis providências para estancar a decrepitude organizacional outras medidas devem ser tomadas pela administração. Porém, quero apresentar atitudes governamentais para acelerar a recuperação e evitando a falência da empresa. Quando? A empresa for adquirida por outra empresa, credores ou em transição de venda. Sugiro:

1) Imediata suspensão dos sequestros do caixa pelo poder judiciário.

2) Redução das alíquotas dos impostos incidentes acompanhada da extensão do prazo de recolhimento dos impostos.

3) Suspenção da cobrança integral dos encargos sociais.

4) Possibilidade dos novos adquirentes em reduzir salários temporariamente, sem reposição futura.

5) Capital de giro oferecido pelos bancos oficiais a juros bancários ao limite da inflação prefixada.

Assim talvez os empregos sejam preservados e as debilidades conjunturais ou estruturais extintas. A empresa retorne a sua normalidade.

Ronaldo Bianchi

O julgamento do desvio do erário denominado mensalão é um marco histórico. O STF condenou um deputado federal por corrupção ativa. Motivo de comemoração. Por outro lado Paulo Maluf, processado há mais tempo, ainda não foi julgado pela mesma corte.

Este fato nos leva às seguintes questões: Nunca chegou ao STF um processo de desvio do erário? Os anteriores não estavam instruídos de forma correta? Faltou a promotoria instrução correta? A Polícia Federal agiu fora da lei ou não encontrou evidências criminosas? Os juízes anteriores eram mais tolerantes ao crime e aos criminosos? Os advogados de defesa eram mais preparados? O que há de diferente neste caso?

Há condicionantes para este julgamento ser um paradigma. Quais são:

1) Crime praticado por um conjunto de atores de primeiro nível.

2) O volume de dinheiro é de grande monta.

3) A acusação tem origem no seio político. Roberto Jefferson denunciou a operação, incriminando-se. Pormenorizou as operações e os envolvidos. Ato até então inédito na política brasileira.

4) O desmonte do mais importante articulador do presidente e do PT o então ministro da casa civil José Dirceu, do líder do governo José Genuíno, e do ex-presidente da Câmara Federal João Paulo Cunha. Impacto expressivo junto aos poderes executivo e legislativo.

5) A impressa cobriu intensamente todo o desenrolar da CPI ao inquérito da Polícia Federal.

6) O relator do processo no STF é um promotor de formação.

7) A Polícia Federal atuou destemidamente reunindo conjunto de provas irrefutáveis.

8) a Promotoria Geral da República cumpriu seu papel . Alinhavou passo a passo a ordenação criminal. Apontou seletivamente acusado e seus crimes.

9) O STF dividiu o julgamento em lotes criminais. Emanando sua decisão ao final de cada exame. Prático e rápido. Inibiu argumentos protelatórios.

O julgamento do mensalão é um divisor em nosso judiciário. Até o momento corre como o previsto: a justiça se realizando. Não há marmelada e não acabando em pizza. Parece filme americano onde ao final o bem vence o mal. Reconforta-nos agora assistir um final feliz.

Ronaldo Bianchi

O julgamento do desvio do erário denominado mensalão é um marco histórico. O STF condenou um deputado federal por corrupção ativa. Motivo de comemoração. Por outro lado Paulo Maluf, processado há mais tempo, ainda não foi julgado pela mesma corte.

Este fato nos leva às seguintes questões: Nunca chegou ao STF um processo de desvio do erário? Os anteriores não estavam instruídos de forma correta? Faltou a promotoria instrução correta? A Polícia Federal agiu fora da lei ou não encontrou evidências criminosas? Os juízes anteriores eram mais tolerantes ao crime e aos criminosos? Os advogados de defesa eram mais preparados? O que há de diferente neste caso?

Há condicionantes para este julgamento ser um paradigma. Quais são:

1) Crime praticado por um conjunto de atores de primeiro nível.

2) O volume de dinheiro é de grande monta.

3) A acusação tem origem no seio político. Roberto Jefferson denunciou a operação, incriminando-se. Pormenorizou as operações e os envolvidos. Ato até então inédito na política brasileira.

4) O desmonte do mais importante articulador do presidente e do PT o então ministro da casa civil José Dirceu, do líder do governo José Genuíno, e do ex-presidente da Câmara Federal João Paulo Cunha. Impacto expressivo junto aos poderes executivo e legislativo.

5) A impressa cobriu intensamente todo o desenrolar da CPI ao inquérito da Polícia Federal.

6) O relator do processo no STF é um promotor de formação.

7) A Polícia Federal atuou destemidamente reunindo conjunto de provas irrefutáveis.

8) a Promotoria Geral da República cumpriu seu papel . Alinhavou passo a passo a ordenação criminal. Apontou seletivamente acusado e seus crimes.

9) O STF dividiu o julgamento em lotes criminais. Emanando sua decisão ao final de cada exame. Prático e rápido. Inibiu argumentos protelatórios.

O julgamento do mensalão é um divisor em nosso judiciário. Até o momento corre como o previsto: a justiça se realizando. Não há marmelada e não acabando em pizza. Parece filme americano onde ao final o bem vence o mal. Reconforta-nos agora assistir um final feliz.17

Ronaldo Bianchi

A primeira lição que precisaríamos acolher como verdade absoluta é: O mundo não para. Parece fácil, mas levamos nossa vida brasileiramente. Temos ótimas ideias, diagnósticos pretenciosos, marco legal avançadíssimo, propostas mirabolantes e somos bem humorados. O que nos falta para avançar sem perder a ternura? Quais os aspectos pessoais, familiares, empresariais, governamentais? Onde a equação se resolve? No comportamento, quando vencermos a falta de: responsabilidade, de foco e imputabilidade.

As pessoas acreditam que vencerão seus obstáculos sem sacrifício. Acreditam que teoria é inútil, que a prática é senhora. Isto ainda é uma das perspectivas do lado A. Quando passamos a examinar o lado bem o que enxergamos? O lado A nos leva ao lado B. Fazer sem estudar, planejar, tendo a certeza que alcançará seus objetivos é um passo em falso que nos acostumamos a praticar.

Somos um país de poucos engenheiros, cientistas, médicos, técnicos. Somos um país iletrado, dominado pela insegurança oriunda dos malfeitos do Estado e da elite que nos comanda. Tememos as autoridades. Não as criticamos. Somos dependentes do dinheiro e dos ocupantes dos cargos públicos. A liberdade de expressão acontece timidamente. A agressividade dos chefes de gangues das “comunidades” cala a população. A polícia não está nem aí em ser servidora. A máquina repressora do Estado não nos protege. Não investiga. É relapsa, na melhor forma da expressão. Pagamos um custoso pedágio para permanecermos no atraso. Vivemos um “nosense” social, político, cultural. Nossas vidas se esvaem pela perda de tempo e recursos mal empregados.

Sou um cidadão que tem uma renda acima da média. Sou classe A pelo IBGE. Pago 27,5% de IR, tributos do ICMS nos produtos que consumo. Peço NF em qualquer transação, portanto acredito estejam indo para os cofres públicos. Pago a previdência social. Recolho todos os tributos de origem municipal. Apesar de fazer o que devo, pois acredito que assim deve ser. Não é uma virtude o que faço. O que recebo em troca? Quase nada. Meus filhos estudaram em escolas privadas, quando adoeci, minha internação aconteceu em hospital privado. Quando atendido no PS público, o médico aconselhou minha remoção imediata ou morreria. Não tinham eletro em funcionamento. A internação foi ressarcida pelo plano de saúde que pago mensalmente. Quando precisei da polícia para colocar a verdade acima da calúnia levei nove meses para levar o caluniador ao tribunal. O tribunal mais seis para marcar a primeira audiência. Quando viajo pago pedágio, portanto nada gratuito. O veículo que utilizo (moto) para trabalhar é licenciado e sofre uma ridícula vistoria anual “papa níquel”.

O Brasil sairá de seu impasse profundo? Talvez e somente quando cidadão tiver a certeza de que:

1) As instituições públicas são eficazes e eficientes.

2) Os malfeitores como funcionários públicos e políticos corruptos, e tantos outros forem pegos e punidos.

3) Conseguirá expressar suas ideias sem temor da represália e do constrangimento.

4) Ser honesto não é vergonhoso e nem uma virtude.

Ronaldo Bianchi

Roberto Romano, Miguel Reali Jr, Gaudêncio Torquato e Fernando Henrique Cardoso, a entrevista em quatro artigos publicados neste final de semana (1 e 2 de Setembro de 2012) explicam alguns dos entraves que elevam o grau de dificuldades para superação dos nossos impasses.

O que há subjacente a todos é:

1) A ausência de percepção sobre o que seja conduta ética por parte de funcionários públicos ou de empresas.

2) A nossa tendência a não reconhecer o direito de defesa a quem é acusado.

3) O desperdício do “timing” de oportunidades para importantes reformas estruturais.

4) A propagação da corrupção na administração pública brasileira.
Observem: não são revelados elementos materiais como a ausência de escolas de engenharia, medicina ou técnicos em exploração de petróleo. Não é um cenário técnico. É um cenário político, sociológico e antropológico.

O principal impasse que vivemos é o da identificação do que seja legal, moral e eticamente permitido realizar sem que nossos recursos sejam desperdiçados ou manipulados a favorecer determinada pessoa física ou jurídica. Nosso dilema parece singelo, até simplista, definir padrões para separar, classificar, agir e executar ações que alcancem seus objetivos sem arranhar os princípios comportamentais regulados por normas estabelecidas. Estas normas são escritas, não seguimos padrões ingleses do direito do costume.

Nosso direito civil indica:

1) O comportamento do servidor público é determinado pelo que deve fazer.

2) Enquanto o direito civil pauta o que os agentes privados podem fazer tudo desde que o não proibido.

Nesta condição por é tão difícil atender a lei ou o melhor comportamento? Uma pista pode ser a porcentagem das apreensões ou constatações das irregularidades. Menos de 5% das ocorrências chegam a ser reveladas, investigadas e seus autores repreendidos.

Considero-me privilegiado por ter atuado no setor privado, público (direto e indireto) o que percebo é uma pressão violenta para facilitar caminhos para o ganho fácil. É uma situação de permanente vigilância para a conformidade vencer a acomodação, o jeitinho. De uma forma geral as pequenas espertezas são denunciadas e punidas. As inconformidades da base da pirâmide são punidas exemplarmente. Enquanto as dos topos são bem escondidas, não reveladas e que causam os maiores danos à sociedade.

Nossa realidade mudará quando ações contra as grandes falcatruas, mentiras e desordenamento sejam revelados e combatidos, punidos. O julgamento do “mensalão” conseguiu pela PRIMEIRA vez no Brasil punir um político em exercício ou não, no caso João Paulo Cunha. Inacreditável. Percebo difíceis ações que possam corrigir tais distorções. A base teme, com razão de ser fonte revelada. Foi o caso de muitos. Quando acusam são punidos. Perdem e não reconquistam empregos. O que fazer? Comece em casa, na sua empresa, na organização onde trabalha a valorizar o lícito. É um começo.

Ronaldo Bianchi

Sobram dificuldades para superar nosso miserável destino e algum dia sermos uma potência. Nosso sonho de um dia ser potência adiado diariamente, quando deixamos vencer os maus exemplos dos que nos governam. Nosso governo adia o crescimento quando aumentam tributos e arrecadação para gastar em custeio. Os cofres públicos foram recheados com um crescimento real de 65% entre 2004 a 2011, descontada inflação.

Quanto aumentou o nossa capacidade de investimento? Zero. Todo o excesso foi dirigido para o custeio. Nasci e vivo em São Paulo há 58 anos. Vi uma cidade explodir em crescimento desordenado dentro fora da ditadura. A população brasileira é predominantemente urbana, ultrapassamos a barreira dos 80%. A caraterística mais difundida do povo brasileiro é sua “amabilidade”. Discordo, somos um povo violento. Morrem 100 mil brasileiros por ano vítimas de violência dos mais diversos fatores. Matamos anualmente mais do que a guerra do Vietnam matou em 10 anos. Somos desorganizados, subletrados, mal educados. A tragédia é que a maioria nem tem consciência desta miséria. Somos um povo inconsciente da sua fragilidade. Nossa elite econômica, política e social, com honrosas exceções estão preocupadas em:

1) Aumentar seu patrimônio privatizando o bem público. Legal e ilegalmente.

2) Iludir o fisco ao máximo, pois e considera extorquida pelo governo. Uma verdade.

3) Proteger-se da violência urbana com blindagem de automóvel e condomínios.

4) Ficar numa “boa” com os dirigentes da vez. Na condição de “rei morto, rei posto”.

5) Desviar fortunas para o exterior legal ou ilegalmente, ao invés de investir em nosso país. Até mesmo doar parte de seu patrimônio às causas redentoras.

6) Não criticar nossos governantes seja do prefeito a presidente. Do executivo ao judiciário. Aqui a proposta é: enquanto estiver a favor bico calado, se empatar idem. Se estiver perdendo arranjam um jeito, calado, de se virar. Aqui, morremos quietos.

Enquanto não nos olharmos no espelho e enfrentarmos o monstro que está em nós, seremos sempre uma promessa. Uma trágica realidade. Tem jeito. Pode ser. Como?

Aprendendo com:

1) Os alemães a poupar, educar, recompensar os valorosos, trabalhar pelo bem coletivo.

2) Os coreanos que educação é investimento e não um custo.

3) Os Americanos que a liberdade de expressão e a crítica são valores sociais inalienáveis.

4) Os chilenos que há muito vida fora do setor público.

5) Escandinavos que dinheiro público deve ser respeitado ao extremo. Aprender que corrupção deve ser combatida com severidade.

6) Os canadenses em receber capitais internacionais desde que venham para engrandecer o país e não especular em suas fragilidades.

Vejo o povo brasileiro: sem liderança que os redima. Impotente frente: aos estelionatários políticos, corruptos que se instalam na área pública e consorciados com seus pares privados destroem o seu futuro, dos diversos agentes que o distanciam do que seja uma vida digna, dos que o impede a alcançar oportunidades igualitárias. Não há eleição que resolva. Só educação e transmissão de valores de cidadania.

Ronaldo Bianchi

Decidi comentar alguns assuntos, temas e pessoas que me perturbam. Vamos a eles;
Os ministros da Fazenda entre Delfin Neto e FHC, como Maílson da Nóbrega e outros ex-ministros e ex- presidentes do Banco Central do Brasil continuam dando opiniões e sacudindo a mídia. Quando titulares de seus cargos públicos não deram conta do serviço. Não estabilizaram a moeda. Legaram uma devastação de problemas para o país.

Foram aniquiladores de empregos, afugentaram capitais, alocaram muito mal os recursos públicos. Idealizaram planos mirabólicos, sem pé nem cabeça, sempre no sentindo de retardar os efeitos deletérios de uma economia agonizante. Todos os planos econômicos antes do Plano Real prejudicaram a economia popular e das empresas. Sempre lesaram o privado para beneficiar o público. Muitos ainda têm um espaço privilegiado na mídia nacional. São colunista, articulistas ou entrevistados. Apresentam soluções, cenários, previsão como especialistas. Homens de sucesso. Primam pela “objetividade” não exercida por eles mesmos no passado. Por que dão a eles espaços, púlpitos e colunas? Mereceriam o ostracismo. Não os leio. Prefiro os casos de sucesso ou aqueles que revisaram suas posições.

Fizeram autocríticas, ou simplesmente deram certo como Pedro Malan. Hoje resolvi ler o Maílson na Veja. Confirmei meu temor. Continua “lento”. Ele acredita que a indústria não é tão relevante, no mundo econômico contemporâneo. Vale muito mais no seu (dele) maravilhoso mundo novo a área de serviços. O prezado continua raciocinando raso e ainda incoerente. No seu próprio artigo revela que a robótica é essencial para esta nova economia. Ele esquece que softer e hardware andam de mãos dadas. Portanto, não haverá serviços de qualidade, com maior valor agregado, sem a existência simultânea de uma indústria de alta tecnologia. Para piorar, aponta como justificativa a sua “tese”, quanto maior a área de serviços melhor o desempenho econômico do país.

A boa proporcionalidade penderia a favor da área dos serviços quando cotejados indústria e serviços. Pinça como exemplo a economia americana e a compara com a nossa. Não revela que somos diferentes, menores e os americanos caminham para o desastre. Desdenha exemplos como a China o maior celeiro industrial do mundo, a Alemanha, Coréia, Rússia e Japão. Países onde a indústria é protegida e de ponta. A editoria da Veja poderia dar espaço a quem entende como Afonso Celso Pastore, Delfin Neto (Folha e Carta Capital), aos irmãos Luís Carlos e José Roberto Mendonça (Folha e Estadão) ou Pedro Malan (Estadão, quinzenalmente). A revista Veja é muito importante para o país. Poderia prescindir do “tá lento” atual.

A Argentina é outra incógnita. Pais rico com governo chinfrim. Como podem eleger uma presidente que resolve controlar a finanças pessoais de gastos com celular e cartão de crédito. Amordaça a oposição, afugenta investidores, empresários, desrespeita acordos internacionais, controla as transações pessoais de dólar, manipula os indicadores da inflação? Assim vai. Balança, bem pouco, frente a tantos desencontros. Os argentinos saiam às ruas por muito menos. O que aconteceu? Desistiram da resistência? Entregaram suas almas à mediocridade?

Chaves e Fidel, como há quem acredite nas estultices desta dupla demagógica do pior populismo latino americano. Fazem loas ao que dizem, ecoam seus pensamentos rasos como suas visões amanhecidas. São difusores de ações virulentas de vingança, perseguição e aniquilamento dos opositores. Unem-se à clandestinidade de forças ilegais como FARCS na Colômbia. Não combatem o narcotráfico latino americano. Nunca apresentaram resultados por si. Vivem do que parecem ser e nunca serão: governantes que elevaram seu povo ao desenvolvimento econômico e social, com liberdade expressão e oportunidade de escolha.

Ronaldo Bianchi

A criação do MERCOSUL nos anos 80 foi uma promessa de integração não concretizada. Ainda é um programa claudicante. A Argentina devido a sua instabilidade permanente na condução econômica desrespeita tratados os acordos. Cria constrangimentos constantes aos exportadores brasileiros. Leva-os a prejuízos frequentes. Exigem das empresas brasileiras certificados estapafúrdios e não acordados. Sua única intenção é adiar as entregas importadas, proporcionando teóricos ganhos à indústria local. Agora em manobra política incorporou-se a Venezuela. Quais os motivos estratégicos que levaram aos membros incorporar Venezuela? Não há clareza propositiva.

A incorporação venezuelana foi resultante de uma imposição política e não econômica. Ilegal. A integração é um processo lento, exige sintonia de elementos para uma evolução constante. É empobrecedor ao conjunto se algum dos membros for alijado do processo decisório. É frustrante se o conjunto acreditar que a composição do governo de determinado país não representa os interesses locais e regionais. É retrocesso caso a maioria suspender um dos membros para incluir um novo. Vimos isto acontecer. Portanto, não haverá integração se prevalecer o político ao legal. Os contratos devem ser respeitados. O amparo legal legitima o direito de cada um e a harmonia do todo. Isto não vem acontecendo. Os exemplos estão presentes e é inúmero o desrespeito à legalidade.

O MERCOSUL é um projeto fadado ao fracasso do ponto de vista econômico em médio prazo, caso prevaleça o imediatismo das partes em prejuízo do todo. A entrada da Venezuela não é um mal, mas foi intolerável o desrespeitoso com o Paraguai. Resta agora reparar a condução. Será possível o Senado paraguaio aprovar a entrada Venezuela? Caso não aprove, o MERCUSUL criou um impasse institucional, A Venezuela é uma economia importante e não podemos deixá-la ao lado. Porém não poderíamos estabelecer o vale tudo como ocorreu. O Paraguai sabe que não terá sobrevivência confortável fora do MERCOSUL. Desejamos quebrar a independência política do Paraguai mais uma vez? Por outro lado creio que o MERCOSUL não poderá ser reconhecido como mais uma esfera de influência de um governo bizarro como o de Hugo Chaves. Nele prepondera a demagogia. A economia venezuelana está aos farrapos. Não há como acreditar que cumprirá acordos.

Será mais um membro espelhado ao exemplo argentino. Quando algum interesse próprio é inconveniente, joga-se para o desacordo. Desrespeita-se a legalidade. Dentro desta instabilidade, melhor incorporar o projeto andino.

O projeto UNASUL liderado por Chaves poderia ser incorporado ao MERCOSUL, assim teríamos ao menos uma representativa composição da América sulina. Seria a união dos blocos andinos com os pampas e o Brasil. Uma reunião de biomas econômicos e políticos com uma agenda mais abrangente, sujeita fortes oscilações. Porém seria melhor o processo de entrosamento dentro deste quase ingovernável matiz de interesses. Ficariam claras as divergências, portanto os caminhos a seguir ou a interromper. A discussão é melhor do que a ignorância ou o desprezo das relações. Problemas como: uso das águas, agricultura, indústria, comércio, serviços, energia, estradas, portos, aduaneiros, impostos, contrabando, drogas e, portanto crime organizado. Renuiríamos todos os elementos para expor, debater e corrigir as distorções da realidade latina americana. Despareceriam os véus da hipocrisia usados por países, como a Bolívia, que tratam com impunidade ou até valorizam o roubo de carga, automóveis e tráfico de drogas.

Quem pagará para ver uma América Latina mais limpa da hipocrisia e melhor preparada para o progresso e mais Independente dos irmãos do Norte?

Ronaldo Bianchi

A urbanização da região carregou para o centro da discussão o estilo de convivência das suas populações. Como construir um modelo de exploração do solo urbana dada à dinâmica de desenvolvimento? Fatores políticos sobrepuseram aos técnicos. A concentração abruta das populações não foi acompanhada pela presença da autoridade pública, dos equipamentos de segurança necessários ao novo ambiente. A precarização do sistema de transporte de massa associado à marginalização das construções habitacional delineia um quadro dramático da nossa realidade. Como solucionar problemas de transporte urbano e segurança pública?

Bogotá deu algumas pistas ao criar acessibilidade aos contingentes populacionais moradores em escarpa, por meio de teleféricos. A ligação do alto ao baixo e vice versa facilitou a vida de famílias e impugnou a ação dos marginais cobradores de pedágio nas saídas das favelas. A instalação de sinalização no chão das esquinas onde a ocorrência de acidentes era de elevada gradação, propiciou sua a redução significativamente.

Fortaleza reduziu a criminalidade em bairros populares criando arbitragem de conflitos. De modo simples os anciões foram conclamados a apaziguar desavenças entre familiares, e grupos de moradores. Os processos de solução passaram da peixeira ou da bala à palavra conciliadora.

Diadema reduziu a violência local criando o horário limite aos botecos. Nenhum em funcionamento depois das 21h. Uma alternativa a lei seca. Foram soluções caseiras que reduziram em 60% os índices de violência nestas regiões pobres e mal atendidas pelo poder público. A solução definitiva será atingida quando: Houver investimento em segurança na sua forma preventiva, repressiva e constante. A intolerância aos pequenos sinais e práticas delituosas. NY decretou o fim da marginalização urbana ao criar um conjunto de ações. Partiram para instalar ônibus delegacia nas principais esquinas do crime. A posse de drogas, a violência das gangues foi combatida no núcleo dos acontecimentos. Do interrogatório, fichamento, julgamento preliminar e a prisão dos meliantes ocorriam em horas.

Quais medidas a tomar visando a melhoria deste ambiente?

Os bairros populares e as cidades circunvizinhas às metrópoles deixarem de serem exclusivamente dormitórios. A criação atividades econômicas locais trarão dois benefícios imediatos: economia não aumento e manutenção do transporte público e aumento de renda a população. O modelo americano do subúrbio dormitório é impraticável na AL. Não temos a afluência dos americanos e sua máquina de consumo.

1) O adensamento populacional nos centros urbanos transformarão as cidades e o perfil regional. Por anos os centros foram abandonados motivados pela especulação imobiliária. É a hora do retorno. Somar habitação e comércio agrega-se redução de transporte e aumento de renda.

2) Transportar milhões de pessoas diariamente é uma insanidade, Como não há solução de curto prazo, nos resta construir todos os modelos possíveis de transporte: das vias exclusivas de bicicletas, motocicletas, monotrilhos e metrô. As piores opções serão as dedicadas ao transporte automobilístico.

3) Aplicar todas as medidas para criar verde nas ruas e praças e prédios inteligentes com monitoramento e economia energética.

As pessoas precisam: “respirar” mudanças, diminuir custos e aumentar renda. Cabe a todas as esferas de governo contribuir para que isto aconteça.

Ronaldo Bianchi