Esperamos 90 dias para confirmar o que já sabíamos: a economia brasileira estagnou. Menos 1% de crescimento representa uma evolução menor do que o crescimento populacional 1,6%. Há muitas desculpas e poucas explicações. A massa empregada começa a diminuir.
Quais as causas deste fracasso? Muitas, destacamos:

1) A incapacidade para reunir competência, preferem empregar afiliados políticos.

2) Apego a uma agenda ideológica. Com ênfase ao anacrônico nacionalismo esquerdista.

3) Despreparo da burocracia comissionada com os assuntos estratégicos. Tem poucos engenheiros e administradores na cúpula dos projetos. Cargos importantes estão ocupados por sindicalistas e afilados sedentos pelos salários e “oportunidades” dos cargos. Caso da chefa de gabinete da Casa Civil da Presidência da República em São Paulo é emblemático.

4) Desapego a redução do custeio da máquina pública. Vale empregar correligionários dos partidos da base aliada. Eficiência é palavra riscada do dicionário deste governo.

5) Incentivos equivocados. Ênfase aos incentivos ao consumo. Lentamente atende a produção.

6) Desapego ao controle inflacionário. Passamos há muito tempo do centro 4,5%. Nossa inflação está beirando a 7%.

7) Irracionalidade na política redução de juros a qualquer custo. Passamos de 11% da taxa Selic para 7%. Se a inflação está a 7%, os juros deveriam estar a 13%. Motivo: ampliar a poupança para investir. Como reduzir juros com inflação em alta?

8) Destruição da capacidade de investimento e politização das empresas estatais como: Petrobrás, Eletrobrás, Correios, Caixa e Banco do Brasil. O governo deu uma sonora “banana” aos investidores. Usam as empresas como política (?) econômica.

9) Incapacidade de realizar o planejado quanto a metas de investimento. Não acompanham o que acontece. Se o fazem, é mal feito. O “situation room” do planalto perdeu o sinal de alarme há muito tempo.

10) Alteração da politica cambial: passou da flutuação livre para uma controle intervencionista determinando por banda de flutuação. Pior sem critérios de metas a alcançar.

11) No campo político a Presidente oriunda das hostes PDT nunca foi assimilada como uma genuína(?) petista. Como nova petista depende do cacife do seu criador: Lula. Todos percebem a fragilidade, principalmente os “amigos” do PMDB. O descredito proporciona barganhas, geralmente lesivas a sociedade. Resultado engessamento da agenda.

12) A mediocridade da oposição em vários sentidos. Não cobra, não acompanha, não é propositiva. Facilita a leviandade do governo para maquiar dados, distorcer demonstração de resultados, achincalhar o STF, intimidar a impressa com legislação restritiva, ameaçar com a mordaça do silêncio a ações do Ministério Público, não desbaratar a cadeia dos mal feitosd o executivo.

Ronaldo Bianchi

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