Os recentes acontecimentos do Paraguai, refletem a incapacidade do deposto ( legalmente) presidente Fernando Lugo em solucionar problemas estruturais e funcionais de seu país. Nada, além disto. O descontentamento é externo, originário dos aliados comprometidos com o populismo latino americano. A votação de impedimento foi legítima. Votaram deputados e senadores. O resultado contra Lugo acachapante nas duas casas foram 121 votos a favor e cinco contra. Não houve movimentação popular para a sua manutenção ou desaprovação do parlamento. A chiadeira partiu de fora, dos aliados de Lugo: Brasil, Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador. São seus respectivos presidentes: Dilma, Chaves, Cristina, Morales e Correa. Deles a nossa presidente é única que não está em processo sucessório iminente ou crise econômica à porta ( Argentina). Os outros fazem parte do modelo bolivariano, cuja proposta é perpetuar-se no poder de seus países a qualquer custo. Representam o neo populista com características de esquerdismo primitivo. A ação do Congresso paraguaio foi acertada por vários aspectos:

1) O país enfrenta uma situação inusitada. O empresariado brasileiro instalado é composto de agricultores, são cerca de quatrocentos mil. São denominados de brasiguaios. Fazem parte constituída do cenário econômico. Sofrem discriminação empresarial. Explico. Compraram legalmente terras que agora estão em fase de regularização. Demandantes locais como movimento sem terra e outros agricultores locais tem sistematicamente invadido as propriedades e vandalizando suas instalações e equipamentos. O poder judiciário tem dado ganho de causa aos legítimos compradores, ou seja, aos brasiguaios. Com Lugo no poder as ações eram retardas indefinidamente. Esperamos agora com o novo governo haja uma aceleração nas reintegrações e do registro de posse das terras compradas em boa fé. A regularização proporcionará garantias reais para empréstimos necessários a atuação empresarial. Será um diferencial importante e promissor para economia. Neste plano a mudança de governo é um alento.

2) Há motivos históricos para um processo acelerado do impedimento. O país é frágil frente aos países fronteiriços. A história os ensinou a agir com rapidez. Desta feita legal e legítima. No século 19 a Tríplice Aliança, reunia Brasil Uruguai e Argentina dizimaram a indústria e a demografia do país. Cometeram atrocidades a serviços dos interesses ingleses. A florescente industrialização têxtil do país incomodava os britânicos. Viram à oportunidade de eliminar a concorrência pelas mãos de seus vizinhos. O custo foi alto moral e econômico. As tropas da aliança mataram os prisioneiros e na invadiram cidades assassinando os meninos paraguaios. Ocorreu um genocídio ainda não reconhecido pelos membros daquela aliança. A indústria têxtil e de transformação foram destroçadas. Nos dias atuais a aliança que protegia Lugo (incompetente reconhecido) era maior e mais preparada para uma intervenção internacional. Lugo pleiteou uma lei que os membros do UNASUL ( leia-se os bolivarianos) poderiam intervir no país em caso de ruptura institucional. Coube ao Congresso proceder de forma célere o processo, depondo Lugo. A Suprema Corte endossou o Congresso, portanto não há como negar validade do ato.

Aguardemos o apoio justo do novo governo aos empresários e agricultores brasileiros.

Ronaldo Bianchi

0 Comentários

Deixe um Comentário

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *