Há aspectos decisivos para o sucesso, a mediocridade ou o fracasso das organizações. Podemos elencar os seguintes:

1. O meio ambiente de empresas que atuam no mesmo mercado. Se for o caso de estarem na raia de produtos demandados e com pouca concorrência, essas empresas poderão contar com o sucesso. Caso contrário, existirão muitos obstáculos a vencer.

2. As condições tecnológicas do mercado, ou seja, onde está a ponta tecnológica e como alcançá-la. Não importa nesse momento o tipo de tecnologia (da informação, mecânica, operacional), o importante é a empresa possuir tecnologia adequada para o sucesso em determinado momento e período de tempo.

3. O quadro macro econômico do país ou da região de atuação. Sendo mais específico, caso uma empresa seja produtora local, onde no país as condições de importação são muito mais favoráveis à produção nacional: a empresa estará em sérias dificuldades se outros fatores não compensarem essa desvantagem relativa.

4. A qualidade do quadro funcional é outro aspecto determinante. Caso haja alto comprometimento consorciado com alta qualificação, a empresa possui maiores chances de sucesso.

5. Se a empresa é uma concessionária pública, suas condições poderão ser auspiciosas, caso o governo em exercício entenda que essa forma de operação é mais conveniente do que a atuação direta do Estado. O caso inverso é o pior possível, podendo no limiar da situação, acontecer a devolução da concessão, a falência ou a estatização das operações.

6. A liderança das organizações é o fator preponderante para que a empresa possa alcançar o sucesso (nunca eterno) ou ficar menos depauperada no entrelaçamento de todos os outros aspectos anteriormente citados.

Muito se debate se o líder nasce líder ou pode ser formado. No meu entender, ocorrem os dois fatores simultaneamente. Não há liderança que nasce feita. Ela deverá ser lapidada no decorrer de anos, seja por meio do treinamento através do modelo: tentativa e erro, ou seja, por uma proposta de formação e informação mais acadêmica.

Há pessoas que nascem propensas à inteligência de arregimentar e serem propositivas em suas experiências. Porém, será que na relação familiar, no contexto de estímulo motivacional do meio escolar, nas relações sociais e emocionais, a propensão a uma ou outra característica propiciará a pessoa a ser líder?

É muito comum estereotipar o líder como: um cara durão, uma pessoa de visão, um ouvidor, um sujeito implacável com os fracassados, um revelador de talentos, uma pessoa inteligentíssima. Enfim, não faltam adjetivos para romancear a figura de um líder.

A história empresarial nos revela que o conceito de liderança de sucesso é alcançado quando o líder já exerceu seu papel. Conta-se a história dos vencedores, a posteriori, circunstanciada em um prazo de tempo: contemporâneo ou do passado. Hoje, um empresário em plena formação que se revela um sucesso poderá amanhã acabar em fracasso. Há exemplos aos montes: a imprensa econômica que acompanha os empresários, carreiras de executivos, aponta os vencedores em dado momento, endossando os seus atributos que, muitas vezes, estão lastreados na competência de um grupo de colaboradores que o acompanham. Esses sendo anônimos e continuarão anônimos. O culto à personalidade ainda é uma característica pouco madura para avaliar as condições de sucesso das empresas. Porém, ao mesmo tempo, se não fossem essas personalidades que transferem ao corpo de colaboradores, confiança, zelo e audácia, o sucesso não aconteceria.

No próximo artigo, vamos aprofundar um pouco mais esse fenômeno: a liderança em seu desenvolvimento, suas limitações e caráter.

Ronaldo Bianchi

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