A flutuação cambial é efeito da movimentação de diversos fatores econômicos. A taxa de câmbio é determinada pelo conjunto: risco do país, capacidade de pagamentos de seus financiamentos, da sua estrutura de impostos, da taxa de remuneração do capital financeiro, da capacidade da infraestrutura local em relação a internacional, (des) vantagens comparativas ao mercado internacional, segurança jurídica para os investimentos privados, regramento da força de trabalho, entre outros.

O Brasil há pouco tempo possuía um câmbio favorável à importação. Nossa moeda estava apreciada em relação ao dólar. Há um ano pagávamos R$1,6 real por U$ 1 dólar. Hoje nos aproximamos a R$ 1,9 real por dólar. A que atribuir esta mudança? As medidas de redução dos juros ainda não refletiram neste cenário. Muito recente a pressão oficial para a queda dos juros Selic e ao consumidor. Esta primeira rodada atribuímos ao esforço do governo em comprar dólar para desvalorizar o real. As medidas são favoráveis aos exportadores. Encontrou-se uma forma de compensar um cenário de depauperação de nossa balança de pagamentos e a destruição de empregos na cadeia produtiva brasileira. As exportações brasileiras dependem de vários fatores para crescerem. Ela hoje está mal distribuída. Há concentrações. Produtos de mineração e agrícola representam 70% de seu total. O restante 30% dividem se em produtos industrializados e serviços. Sendo o último quase residual.

Qual o cenário curto prazo? O que podemos fazer para sobreviver a esta nova maré de estagnação e declínio econômico?. As notícias estão nos acelerando a tomar iniciativas corajosas. A crise europeia é grave. É certa a redução das importações chinesas, nosso principal cliente de matéria prima. A economia americana ainda não estabilizada é outro componente desfavorável a todos. Portanto, desenvolve-se uma redução de preços e volume de nossos produtos primários de exportação.

O cenário interno indica alteração de perspectiva. Planejávamos crescer 4,5%. Agora a expectativa  é de3,7%. Significativa alteração. O que fazer? O governo agiu desde o final de abril no sentido de reduzir juros tanto na taxa básica quanto na ponta do consumidor. Esta alteração nos beneficia quanto ao mercado interno (menor possibilidade de inadimplência) e a redução do pagamento do montante de juros pagos ao sistema financeiro para rolar a dívida governamental. O governo precisará propor uma redução de custeio, reduzir de impostos, taxas,  contribuições. Como melhorar o desempenho de seus investimentos. Desta forma haverá uma melhora geral em nossa economia e poderemos continuar a crescer dentro da taxa de inflação projetada.

Ronaldo Bianchi

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