Uma das principais riquezas de um país são suas instituições. Elas congregam a inteligência pública. Dotadas de centenas de técnicos e técnicas, auxiliam governos para a preservação das funções de Estado. São essas instituições atuam positivamente para preservar os interesse da população, delimitando a influência e interesses do mercado. Estabelecem parâmetros para licitações de bens e serviços adequados.  Realizam estudos, pesquisas e publicam conhecimento para melhorar a qualidade de vida da nossa população. Afinal, aplicamos bilhões de recursos e dezenas de anos para a formação de técnicos e técnicas.

Investimentos que precisam ser preservados e rentabilizados. Vejam o valor da Fiocruz, do Butantan, das Universidades e seus institutos de pesquisa. Tem preço?  O governo paulista pretendeu vender a fábrica de remédios do estado de São Paulo – (FURP – Fundação do Remédio Popular) e encerrar as atividades da empresas públicas de planejamento de transporte, não conseguiu. Porém,  fechou a Fundação do Desenvolvimento Administrativo – FUNDAP- a qual propiciou entre outros projetos o Poupa Tempo; Fundação Faria Lima – CEPAM – oferecia treinamento e orientação de gestão para gestores municipais; Empresa de Planejamento Metropolitano – EMPLASA – responsável por estudos de ocupação dos solos metropolitanos do estado; Companhia de Habitação – responsável pelo planejamento da construção das habitações populares; Companhia Paulista de Obras e Serviços – responsável pela medição de obras, cálculos de valor de desapropriação e planejamento de projetos e obras. Eram entidades com mais de 30 anos de atividades e tinham um papel importante no cenário da inteligência pública. Acredito que temos que pensar muito antes de criar empresas e institutos públicos, mas sou contra o encerramento sem um amplo estudo sobre a suas consequências. Sou favorável a melhorar a sua gestão e flexibilizar o modelo de contratação das equipes, se for o caso. Nada funciona bem, quando há acomodação ou a organização foi criada para ser uma fonte de corrupção ou agência de emprego de correligionários. Porém, não creio que vale destruir patrimônio público por falta de capacidade de comando.

 

In Memoria